O fim das "vilas" na zona oeste

Condomínios extraoficiais ou comodidade para seus moradores, as chamadas "vilas" podem estar com os dias contados e quem mais sofrerá com isso é a zona oeste. Levantamento informal, mostra que a região é a que mais tem ruas fechadas na cidade. Resultado de sua topografia, a zona oeste é cheia de ruas sem saída, que moradores transformaram em vilas ou, de alguma forma, condomínios fechados.

Fruto de aprovações de subprefeituras - ou Administrações Regionais, no passado - muitas ruas foram autorizadas a colocar portões em sua entrada, permitindo acesso só a moradores e convidados autorizados. 

Além da segurança e conforto que esse tipo de "vila" (tal qual o modelo europeu que o originou) proporciona, esses "condomínios" valorizam o imóvel. A base eram a Lei Municipal 15.002/2009 e o Decreto 51.541/10, que permitiam o fechamento de ruas da cidade, se fossem vias sem saída, de profundidade e largura específicas.

Mas isso pode estar com os dias contados. Promotores podem colocar fim nessas vilas. A Prefeitura já se adiantou e determinou a retirada imediata de todos os portões das aproximadamente 470 ruas fechadas detectadas, grande parte na zona oeste. O problema, segundo os promotores, não, com o fechamento por portões, é proibir a entrada de carros, mas de pedestres.

É o famoso "o direito de um acaba quando começa o do outro". Mas segurança é direito de todos e moradores alegam que muitas dessas vilas ficam com os portões abertos durante o dia, permitindo acesso de todos. Fecham à noite para a segurança dos moradores. A discussão vai longe.